quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Throwback Thursday: moving out.

Na semana que passou, completou 1 ano da nossa mudança para a casa nova. Hoje posso dizer tranquilamente que essa foi uma das coisas mais hardcore que eu fiz na vida: organizar uma casa inteira com um pequeno de 2 meses nos braços. Aliás, não só isso. Organizar uma casa inteira com um pequeno nos braços em plena reforma. Quando nos mudamos, os armários dos quartos e cozinha nem estavam prontos ainda. O banheiro do piso térreo estava sendo reformado, o muro externo e o portão ainda não haviam finalizado. Lembro da infinidade de caixas que tomavam conta de todos os cômodos. Lembro da infinidade de pessoas que circulavam na casa. Lembro de ter que sair procurando meus cachorros pela rua enquando amamentava, porque sempre havia um infeliz que esquecia de fechar o portão. Lembro de passar boa parte do tempo no nosso quarto, refugiada. Lembro de me vestir do jeito que dava durante um tempo porque eu simplesmente não achava minhas roupas no meio daquela zona toda. Lembro da sujeira, de pensar que a minha casa nunca mais seria um lugar limpo. Lembro de estrannhar quando as obras finalmente finalizaram e eu me vi sozinha dentro da minha própria casa. Lembro do alívio que eu sentia com cada caixa esvaziada. Se você me perguntar, eu sinceramente não sei te dizer quando nós finalmente conseguimos organizar todas as nossas tranqueiras. Sei apenas que tudo foi feito muito aos poucos, o que foi quase uma tortura para uma pessoa levemente neurótica por organização. Quase com um leve grau de TOC, eu diria. Um ano inteiro depois e ainda não consigo dizer que a casa está pronta. Ainda falta um detalhe aqui, um quadro ali, uma luminária lá, um armário a ser consertado aqui e outro lá. Será que algum dia eu vou conseguir sentar, olhar ao redor e não pensar em nada que eu queira arrumar? I don´t think so. Mudar, rever, renovar é a melhor parte da natureza humana. E essa disponibilidade para mudanças custou muito a surgir em mim. Parte dela veio da vivência com o respectivo. Mas o grande 'boom' veio com o meu pequeno, no dia a dia da maternagem. E eu espero sinceramente que, por mais que eu continue mudando, essa nova parte de mim nunca mais mude...    



Postado aqui em 02.12.2014.

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"Escrevo diretamente do olho da tormenta. O caos instalou-se por aqui e não tem a menor pressa de ir embora. Há caixas para todos os lados, coisas jogadas em lugares temporários e uma infinidade de arrumações para fazer. Tivemos que mudar sem que a obra da parte interna tivesse sido finalizada. Paredes ainda estão sendo pintadas, armários ainda estão sendo montados. Eu e meu pequeno nos refugiamos num canto dessa zona toda, enquanto eu tento colocar ordem na casa durante as curtas sonecas dele."
O caos visualizado da minha cama, meu porto seguro no meio desse temporal. Acho digno mencionar que o nosso quarto é o cômodo atualmente mais organizado da casa.

Foi assim que comecei esse post, no início da semana passada. De lá para cá tive tanta coisa para dar conta que acabei me esquecendo dele. Boa parte das caixas já se foram, algumas coisas já estão guardadas nos seus lugares definitivos. Mas ainda há muito o que fazer. E há muita coisa pendente das obras. Só que nessa semana resolvi desacelerar. Em parte por pura preguiça. Mas em parte porque tive uma epifania: hoje fez um dia lindo, olhei para o quintal e fiquei imaginando os inúmeros futuros momentos deliciosos que passarei ali quando tudo estiver pronto. Foi quando me dei conta, what the hell?! Por que não agora?! Posso muito bem curtir minha casinha nova, mesmo no alto da sua zona. Ainda que haja uma bagunça generalizada por aí, há uns cantos bem aproveitáveis que anseiam por serem aproveitados. Eu tinha o sincero objetivo de deixar a casa pronta e arrumada até antes da nossa ida para o sul no final do ano. Desapeguei. O mínimo necessário para a nossa sobrevivência já foi desencaixotado e devidamente alocado. O resto, vou fazendo conforme a vontade. E foi por isso que, hoje, enquanto o sol caía, eu simplesmente sentei na varanda com o meu pequeno nos braços, de costas para a casa e todas as caixas que ela atualmente abriga, e fiquei sentindo o vento fresco que soprava levar embora toda a angústia que havia de querer ver a casa pronta para ontem. It's alright, you can afford to lose a day or two.. 
Quando o pequeno ainda se limitava a ficar nos nossos braços e o deck ainda não estava preparado para ele. Quando a preta ainda se jogava preguiçosa pelos cantos mais gostosos da casa.. (missing u like hell!)

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