quinta-feira, 28 de abril de 2016

Na estrada com o pequeno: litoral alagoano.

Nada como um mês inteiro de férias. Um mês em família, matando a saudade de quem mora longe, curtindo praias paradísiacas e vendo meu pequeno se desenvolver numa velocidade que deixaria Senna e Schumacher comendo poeira.Voltamos para casa com um pequeno que fala pelos cotovelos, nada como um peixinho e se aventura em quase todos os brinquedos do parquinho (parece bobeira, mas juro que é uma conquista e tanto).
O início das férias foi reservado à minha família. Depois de 3 semanas no Sul, seguimos viagem à Macéio, onde se iniciou a segunda parte dos nossos passeios. Quando começamos a planejar noss viagem de férias, as praias do Nordeste foram a primeira opção que consideramos. Como tem se alertado muito sobre o surto de zika no país, resolvemos fazer uma pesquisa e descobrimos que o Estado de Alagoas tem poucos casos registrados, praticamente a mesma quantidade do Estado do Rio de Janeiro, onde moramos. Achamos que seria uma opção segura - aliada a medidas de prevenção - e decidimos que seria nosso destino e que não estenderíamos a outros estados, já que os números eram consideravelmente maiores (como o vizinho Pernambuco, por exemplo). Depois de uma boa estudada no rol de praias alagoanas, traçamos a seguinte rota: 3 dias em Maceió, 3 dias em Barra de São Miguel (litoral sul) e 6 dias em Japaratinga (litoral norte). E aí segue o relato mais completo que eu consegui fazer dessa que entrou para o rol das melhores viagens que fizemos juntos:

1ª Parte: Maceió.
Chegamos em Maceió no sábado à noite, só tivemos tempo de pegar o carro que havíamos alugado, passar no mercado para algumas coisas de emergência (minha mala com todas as minhas coisas e as do pequeno havia se perdido no trecho Florianópolis-Guarulhos, felizmente ela chegou no dia seguinte), e seguir para o hotel. Ficamos hospedados no Hotel Pousada Água de Coco, localizado na praia de Cruz das Almas. Quem viaja a Maceió costuma se hospedar na Ponta Verde ou Pajussara, que é onde fica o burburinho de restaurantes/bares e onde a praia urbana é melhor de se passar o dia. Como nossa ideia não era ficar apenas no trecho urbano, não nos preocupamos em ficar nessa área. O hotel que ficamos era muito bom, quarto espaçoso, ótima limpeza, café da manhã bem variado, staff simpático e prestativo. Recomendo. No dia seguinte, decidimos passar o dia num bar de praia chamado Milk Beach Pub, na praia de Garça Torta. E posso dizer que já começamos a viagem com o pé direito. A praia, além de ser linda, tem um bônus: na parte rasa do mar tem pequenos corais que foram várias piscininhas ótimas para os pequenos. O nosso se esbaldou. A água era tão quente que chegou a me incomodar, mas ele não queria saber de sair de lá. Aliás ele só saiu para almoçar e não voltou porque o mar passou por uma mudança drástica. Logo no nosso primeiro dia, descobrimos que a maré muda de uma maneira absurda no decorrer do dia nessa região (talvez em várias outras do Nordeste também, eu não saberia dizer..). Chegamos por volta das 10h e a maré estava baixinha, cheia de piscinas. Depois do almoço a maré subiu e o mar invadiu a areia, fazendo as piscinas sumirem e as mesas que estavam dispostas por ali serem recolhidas. E aqui deixo uma dica: se você for a essa praia e a maré estiver alta, não sendo possível avistar os corais, lembre-se que eles estão ali e que você poderá se machucar ao pisar neles. Sobre o Milk bar, super recomendo. Tem uma ótima estrutura, com mesinhas na areia e uma parte interna com redes, puffs, ducha, etc. O cardápio muito bom e o preço acessível. À noite, jantamos no Bodega do Sertão, e minha boca saliva só de lembrar. Disparado o melhor buffet que eu já fui, comida regional deliciosa, com destaque para a carne de sol com nata e a cocada cremosa. Destaque também para os funcionários, que nos trataram muito bem e fizeram a maior festa com o pequeno.
Corais formando piscininhas = perfeito pros pequenos!

Estrutura interna do Milk Beach Pub.

Praia pós-almoço, mar cobrindo os corais.

Recepcionista muito simpática do Bodega do Sertão.
O segundo dia em Maceió reservamos para mais um bar de praia, o Hibiscus, localizado na praia de Ipioca. Fica na beira da praia e tem uma estrutura completa, inclusive com piscina. O day use custa 25 reais por pessoa e posso dizer tranquilamente que vale a pena. A praia é linda, o mar é verdinho, quente e calmo, perfeito para crianças. Tem pisicinas naturais bem perto da praia, sendo possível chegar de caiaque. Nós fomos e adoramos. O único lado ruim é que o tempo de aluguel do caiaque é muito curto, meia hora. O respectivo deu uma chorada e conseguiu aumentar para 40 minutos. Levamos 15 minutos remando até o local e 10 minutos voltando, sobrando pouco tempo para curtir a piscina. Mesmo assim valeu. À noite jantamos no Imperador dos Camarões, onde experimentamos o famoso chiclete de camarão e eu confesso que me decepcionou, eu não comeria de novo. Já o outro prato - camarão grelhado com molho de framboesa, risoto cremoso de parmesão e folhas de manjericão - eu repetiria muitas vezes.

Praia de Ipioca, vista do Hibiscus que fica num nível mais alto do que a areia.

Pequeno curtindo sua boia nova na piscina natural. (E aproveito para fazer um merchan gratuito: comprei no Mercado Livre, custou em torno de 90 reais com frete, é da marca Ativa Kids. Ela é feita de material de colete salva-vidas, portanto não fura, e como tem uma parte que envolve o peito da criança além dos braços, faz com que ela flutue mais e se sinta mais segura. O nosso pequeno super aprovou!)

Quem vê pensa. Não fosse o respectivo, não teríamos saído do lugar...

No último dia em Maceió, decidimos ficar numa praia local e aproveitar o caminho até Barra de São Miguel para conhecer a praia do Francês. Escolhemos a praia de Pajussara, muito gostosa, só não curti muito a presença de muitos pombos na faixa de areia. Almoçamos na Comedoria Sueca, excelente opção de buffet. À tarde, passamos pela famosa praia do francês, mas como o tempo estava fechado, decidimos apenas descer do carro, olhar e seguir viagem. Não achei a praia mais bonita do que as outras que fomos nos primeiros dias e fui embora de lá sem entender a fama.

Praia do Francês, pequeno foi e nem viu.


2ª Parte: Barra de São Miguel.
Chegamos no meio da tarde na pousada e decidimos ficar na piscina. O pequeno se divertiu tanto que aprendeu a palavra "piscina" e pedia toda vez que podia depois disso. A pousada era bem simples, com cara de casa que foi transformada em um pequeno hotel, mas era aconchegante e os donos extremamente simpáticos e prestativos.
No dia seguinte, fomos até a praia do Gunga que tem um visual de tirar o folêgo. Logo na chegada tem um mirante, e vale a pena parar para ver a extensão do coqueiral que toma conta da região. A praia é tomada por barzinhos que espalham suas cadeiras e mesas plásticas pela areia, o que acaba estragando um pouco o cenário paradisíaco. Vale a pena caminhar até o final da praia para apreciar o trecho sem ocupação humana. Tiramos umas fotos lindas lá.
Vista do Mirante: um mar de coqueiros.

Praia do Gunga: o lado deserto..

..e o lado ocupado por bares/restaurantes.

Pequeno perdido na sombra do coqueiro.
No segundo dia, como o tempo voltou a nublar, decidimos ficar na piscina da pousada. O que acabou sendo uma excelente ideia. Pequeno se divertiu e evoluiu muito na água. No primeiro dia ele não saía de perto da gente, no segundo ele já saiu nadando sozinho, pulando da borda e tudo, nem parecia meu bebêzinho estreante. Quando ele finalmente cansou e pediu para sair, fomos almoçar no Canal da Massagueira, no Bar do Pato. Foi uma das refeições com melhor custo/benefício da viagem (aliás nos decepcionamos um pouco com o valor que pagamos nas refeições na viagem, sempre ouvimos que o nordeste era barato, mas pagamos praticamente a mesma coisa que estamos acostumados a pagar em São Paulo). Tem um parquinho que o pequeno curtiu enquanto o almoço não chegava, e fica na beira de uma lagoa que ele adorou explorar depois.  
No último dia, decidimos aproveitar a praia perto da pousada. Mais uma praia linda, de mar calmo, quente e verde. Ficamos no bar Life Beer, excelente atendimento, comida boa e preço acessível. Logo depois do almoço o tempo começou a nublar, foi a nossa deixa para pegar a estrada rumo a Japaratinga. No caminho, passamos pelas famosas barraquinhas à beira da estrada que vendem cocadas de todos tipo de sabor (maracujá, banana, castanha, etc.). Compramos uma de cada. Me decepcionei com cada uma. Elas não tem aqueles pedacinhos de coco no meio deliciosos e achei meio açucarada demais. Mas né, gosto, cada um com o seu.
Pequeno e a amiguinha que fez na praia curtindo o mar da Barra de São Miguel com os arrecifes ao fundo.


3ª Parte: Japaratinga. 
Saímos de Barra de São Miguel por volta das 16h e levamos quase 3 horas até Japaratinga. A estrada não é boa (aliás é péssima), não tem sinalização, nem iluminação. Sequer tem faixa divindo a via. Passamos pela parte urbanizada quando o sol estava se pondo e o resto da viagem fizemos no escuro. Foi bem tenso. Aconselho fazer essa viagem durante o dia, até porque, caso aconteça algo e você precise de ajude, há pouquíssimos trechos urbanizados no caminho onde é possível conseguir algum auxílio. Ficamos na Pousada Badejo, pequena, mas com boa estrutura, café da manhã bem variado e staff excelente! Como chegamos à noite, só deu pra curtir um pouco a piscina, pedir uma pizza na pousada mesmo e dormir.
No dia seguinte, o tempo amanheceu nublado, então decidimos visitar o Associação Peixe-Boi, que fica no vilarejo de Porto das Pedras, do ladinho de Japaratinga. Foi um passeio tranquilo e gostoso de fazer com o pequeno. Dá para ver o peixe-boi de pertinho e o valor pago ajuda na economia local e manutenção da associação. Gosto de fazer ecoturismo assim, quando há preocupação com o bem-estar animal (sou dessas que boicota idas a zoos..). Depois da visita, fomos passear em São Miguel dos Milagres e almoçamos por lá, no Restaurante do Enildo, comida boa, mas achei um pouco cara. Depois do almoço, resolvemos procurar um trecho da praia para curtir um pouco. Acabamos achando uma estradinha que levava para um caminho em meio ao coqueiral que beirava a praia. Como o tempo estava nublado, o pequeno tinha adormecido no balanço do carro e o passeio estava interessante, decidimos não parar na praia e seguir explorando o coqueiral. Vi numas dicas da internet que há bugueiros que levam os turistas para fazer esse passeio que passa pelo coqueiral e pela faixa de areia em algumas praias. Nós acabamos sem querer fazendo por nossa conta. No final do caminho, logo antes de voltar para estrada, havia um trecho onde as árvores se curvavam e se encontravam formando um lindo túnel natural. Acabamos o dia com mais um passeio de piscina e uma jantinha preguiçosa na pousada.
Trilha no manguezal que leva ao lugar onde pegamos o barco para ver os peixes-bois.

Lugar onde ficam os peixes-bois. Essa parte cercada funciona como um berçário. Os maiores ficam do lado de fora.

Dois peixes-bois disputando as folhas de alface que ficam na superfície. Quando nós fomos, tinha 4 deles se alimentando. Logo que chegamos, 3 sumiram (segundo o barqueiro eles enchem a barriga e depois vão dormir) e ficou apenas 1. O barco chega pertinho e dá para ver bem, mas as fotos não ficaram boas porque ele parece sumir na cor do rio. Alguns turistas dão sorte de pegá-los num momento brincalhão, quando eles gostam de abraçar a parte baixa do barco, não foi o nosso caso :/

Restaurante do Enildo.

E a praia que fica em frente, no vilarejo de São Miguel dos Milagres.

Túnel natural que fica no final da estrada do coqueiral.
No nosso segundo dia de Japaratinga, decidimos procurar um hotel que outro hóspede da nossa pousada indicou, chamado Albacora. O hotel tem uma excelente estrutura na beira da praia a qual é possível desfrutar sem pagar day use, apenas consumindo no restaurante de lá. Tem uma piscina grande para adultos e uma para crianças que dava pé para o pequeno. Aliás, quando ele viu a piscina, não quis mais saber da praia. Acabamos passando o dia sem praticamente tocar o pé na areia, mas o visual é bem bonito e o pequeno se divertiu tanto que valeu a pena. Para quem prefere ficar na praia, vale também. O hotel não oferece mesas na areia, mas a nossa ficava embaixo de um coqueiro bem próximo à areia, o cardápio é variado, o preço bem melhor do que outros lugares que fomos na região, e tem o benefício de poder tomar uma ducha e dar um mergulho na piscina depois de um banho de mar. À noite, preguiça de novo. Agora que parei para escrever sobre nosso roteiro, me dei conta que praticamente nem jantamos fora em Japaratinga. Acho que todas as nossas jantas foram feitas na pousada mesmo, aproveitando o que havia sobrado do almoço (a maioria das refeições que fizemos era tão bem servida e sobrava tanta comida que era até um pecado não levar um quentinha embora) ou fazendo algum lanche rápido.
Pequeno serelepe na piscina do hotel Albacora e o lindo visual da praia ao fundo.

No dia seguinte, decidimos voltar na praia do Patacho, uma das que estavam naquele caminho no coqueiral. Nós havíamos visto na internet que a praia não tinha infraestrutura nenhuma, nenhum barzinho, nenhum ambulante vendendo água ou qualquer outra bebida, ninguém alugando cadeira/guarda-sol. Abastecemos a mochila com suprimentos e partimos atrás de um coqueiro onde pudéssemos nos estabelecer. A ideia era passar a manhã lá, sair na hora do almoço para encontrar algum restaurante na região e voltar para a praia depois se São Pedro permitisse. Achamos um lugar perfeito, a sombra de um coqueiro com troncos ao redor que pareciam bancos. De todas as praias que nós fomos, essa foi a que eu mais gostei. Talvez por ser totalmente deserta, sem nenhuma ocupação estragando a beleza natural e porque não tinha praticamente ninguém na praia além de nós. Privilégio total. Perto daonde nós ficamos tinha um hotel muito bonito, bem reservado, com entrada pela praia, onde nós decidimos almoçar. Na verdade, para chegar ao trecho de praia que nós ficamos, nos pegamos a estrada onde havia a indicação de entrada para esse hotel, que chama Reserva do Patacho. Eu fiquei totalmente encantada pelo lugar, além de ficar nessa praia lindíssima, a estrutura é toda charmosa e privativa. Eu quase desejei casar de novo só para passar a lua de mel ali. Foi um dos pontos altos da nossa viagem. E o almoço estava uma delícia, mas o que fechou com chave de ouro o dia foi a sobremesa. Um sorvete caseiro de coco que eu comi suspirando. Sabe quando a cada colherada você sente um misto de prazer com tristeza por saber que aquele manjar dos deuses vai acabar e você não vai comer de novo tão cedo? Poisé. Cheguei a perguntar para o garçom se eles vendiam o pote do sorvete. Para a minha infinita tristeza não, eles não vendem (pausa para um minuto de silêncio em luto). Depois do almoço, resolvemos voltar para a praia ali mesmo e ocupar uma das tendas que o hotel oferece na areia e que nos liberaram para usar. Mas não durou muito. No caminho havia uma piscina e, assim que o pequeno avistou, lá se foi a vontade de ficar na praia. Como não podíamos usar (não hóspedes devem pagar uma taxa de 50 reais por pessoa e não achamos que ficaríamos tempo suficiente para fazer valer a pena, pois o sol já estava quase se pondo) tive que dar um jeito de distrair um pequeno choroso com os calanguinhos que passeavam sorrateiros no deck até decidirmos enfim ir embora. Esse foi um daqueles dias que ficam gravados num cantinho bem especial da memória e que eu reviveria mil vezes se pudesse..
Nosso Q.G. na Praia do Patacho.

Praia só nossa e de mais ninguém.

Guarda-sol pra quê?

Piscina do Hotel Reserva do Patacho.

A vista de dentro do restaurante.

O quarto e o quinto dia nós reservamos para Maragogi. Quando nós traçamos o nosso roteiro, decidimos nos hospedar em Japaratinga e nos deslocar até Maragogi, e não o contrário. Isso porque imaginamos que, como Maragogi é o destino mais procurado da região, Japaratinga seria mais tranquilo e acessível. Foi uma boa escolha, Maragogi é colado em Japaratinga e o trajeto foi rápido e fácil. Como nós havíamos agendado o passeio às Galés para o dia seguinte, decidimos escolher uma praia de lá para passar o dia. Acabamos nos estabelecendo no Restaurante Sabor do Mar, localizado na Ponta de Mangue, praia lindíssima com ares de Caribe. O restaurante tinha uma estrutura boa, com estacionamento, ducha, mesinhas, espreguiçadeiras e um cardápio diversificado. Só fomos embora porque a chuva nos expulsou, se não, teria sido um ótimo lugar para ficar até o sol se pôr. Na manhã seguinte, acordamos bem cedo pois o barco estava marcado para sair às 8h. Acabou que saiu quase 9h. Deixando para trás a horinha de sono perdida, lá fomos nós para as famosas piscinas naturais. Infelizmente, nós não tivemos sorte. O passeio para as Galés depende muito da maré do dia, sendo que o ideal é que ela esteja o mais baixa possível. No dia que fomos ela estava em 0,3. A água batia no meu peito na região das piscinas. Aliás, do lugar onde o barco parava até onde a água fica mais rasa, nem me dava pé, o que gerou um certo sufoco para voltar para o barco (explico: na ida, respectivo levou o pequeno, porém na volta ele ficou mergulhando nos corais e o pequeno se cansou da água e quis voltar para o barco, sobrando para mim a tarefa de nadar com ele a tiracolo). Triste é que, quando fomos planejar a viagem, consultamos a tabela das marés e vimos que ela estaria mais baixa nos últimos dias, razão pela qual decidimos ir primeiro para Maceió + litoral sul e depois para Maragogi. Porém a maré mudou. O barqueiro nos contou que na semana anterior a maré havia chegado a 0,0. Se tivéssemos invertido a viagem, teríamos conhecido as Galés no seu melhor momento. Oh well.. Depois dos passeios ficamos ali mesmo no restaurante de onde saíam as embarcações. Pedimos um prato delicioso, um dos melhores da viagem aliás: camarão ao molho de provolone com abacaxi caramelizado de lambuzar os beiços. Fiquei pasma quando o garçom nos contou que o abacaxi costuma voltar intocado e que as pessoas geralmente o substituem por outro acompanhamento. Mas né, de novo, gosto, cada um com o seu. Aproveitei os ambulantes para comprar mais caixinhas de bolo de goma (um espécie de biscoito de feira muito bom) que havíamos comprado no dia anterior. Falando nisso, esse é um ponto negativo das praias de Maragogi, a quantidade de ambulantes que te abordam. A maioria vendendo o tal bolo de goma (a moça de quem eu comprei me abordou uma segunda vez oferecendo e tive que lembrá-la que eu havia acabado de comprar) e crianças (sim, crianças!) querendo mostrar a sua arte (um pequeno azulejo que eles pintam na hora usando os dedos). Mas nada que estrague o prazer de estar no paraíso.

Bem-vindo ao Caribe a Maragogi!

Tira o olho do azul do mar e foca nas marcas na areia: lembra do passeio de bugue que comentei láááá na estrada do coqueiral? Poisé, eles passam por aqui (o que é um ponto negativo, já que requer atenção redobrada em cima de um pequeno que fica para cima e para baixo na praia..)

Mas fora isso, é o paraíso, não é?!

O pequeno com certeza concorda!
No barco, piscinas de Maragogi.

No penúltimo dia da viagem (pausa para uma lágrima), fomos conhecer as piscinas naturais de Japaratinga. Já na hora de embarcar vimos que teríamos mais sorte do que na vizinha Maragogi. Precisamos caminhar vários metros onde o mar deveria estar, mas só havia areia. O mar tinha recuado tanto, que haviam barcos "estacionados" na areia. A região das piscinas estava perfeita. Havia até uma faixa de areia onde um ambulante vendia bebidas, queijo e churrasco (meio farofento, mas tinha uma caipirinha de cajá sensacional que o respectivo comprou). Conseguimos mergulhar nos corais - que não tinham tanta diversidade de peixes, mas vimos alguns bem lindos - e nos sentar ao lado de um pequeno serelepe que se divertia na parte que dava pé. Na volta, almoçamos no restaurante da estalagem Cauia. Cardápio ótimo com diversas opções diferentes (a nossa: peixe ao molho de creme de gengibre com purê de banana e arroz com castanhas) e donos extremamente simpáticos. Recomendo! Terminamos o dia deixando o pequeno se divertir na piscina, seu mais novo vício.

Piscinas de Japaratinga. As manchas escuras são os corais, onde é legal mergulhar com snorkel.

Tão raso que parte do arrecife ficava à mostra.

Em Maragogi, o pequeno se cansou rápido das pisicinas. Já aqui ele se esbaldou andando de um lado para o outro.

Almoço delícia no Restaurante Caiuia.

No dia do nosso retorno, como nosso vôo estava marcado para 20h40 em Maceió (isso antes de descobrirmos que ele havia sido cancelado e termos que pernoitar em Maceió para viajar só no dia seguinte) e a viagem de Japaratinga até lá levava umas 3 horas, decidimos curtir a praia em frente à pousada e viajar depois do almoço. De novo a maré baixa fez o mar recuar metros, deixando uma faixa imensa de areia e algumas mini piscinas formadas. Passamos um tempo ali explorando e logo tivemos que juntar as trouxas para seguir viagem.
Mini-pisicina deixada pela maré baixa. Note-se que o mar deveria estar láááá na frente, onde é possível perceber a diferença da cor na areia úmida.

Cheios de saudades da nossa casa e dos nossos peludos, pegamos a estrada de volta. E lá se foi, um mês inteiro de férias. Um mês que passou voando, que nos levou a novos lugares e nos trouxe um pequeno um pouco menos pequeno. Cada dia mais um meninão e menos um bebêzinho. Que venham então o trabalho e a rotina. E que logo logo venham novas férias. Porque né, ninguém é de ferro.