quinta-feira, 14 de julho de 2016

I'm standing here until you make me move...

Temos um novo ritual diário. Todo dia respectivo me deixa no ponto de ônibus a caminho do meu trabalho e de lá ele leva o pequeno na creche. Todo dia, quando saio do carro, abro a porta de trás para me despedir do pequeno. Todo dia, quando abro a porta, faço uma pausa de alguns segundos e o observo olhar para o pai e escancarar a boca num sorriso. Ele já sabe: é hora de ganhar chamego da mãe. Em seguida aproximo meu rosto do dele, ele fecha seus olhinhos, a boca ainda aberta no sorriso mais lindo que Deus já fez no mundo, e eu encho ele de beijos e cheiros. É um dos meus momentos preferidos do dia. Um daqueles momentos em que não existem problemas, não existe cansaço, desânimo, irritação, stress. Apenas amor.
Ando sumida, eu sei. Não tenho conseguido sentir vontade de escrever. Falta tempo, inspiração. Passei o mês de junho mais uma vez sozinha no setor, minha chefe de licença. Ando com a cabeça a mil, ansiosa com várias coisas que estão por acontecer. Coisas boas, mas daquele tipo de coisa que não se pode fazer nada, a não ser esperar. Só que esperar, ainda que seja por um motivo, me causa angústia...
Ontem tive um daqueles dias em que eu dava tudo para sumir. Nada específico, apenas desânimo, introspecção. Um daqueles dias em que um mar de perguntas sem respostas tomam conta da gente. E tudo que se pode fazer é suspirar e esperar passar. Esperar, esperar. Ô palavrinha maldita...
Acordei hoje e vim trabalhar. No caminho vivi aquele momento do mais puro amor, coroado pelo mais lindo sorriso. A neblina que pairava ao meu redor se dissipou. Por ora. Sigo angustiada, sigo na inércia, sigo na espera.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/183592122287617084/