sábado, 15 de abril de 2017

Porque Ele vive, eu posso crer no amanhã. Porque Ele vive, temor não há.

UPDATES SOBRE A RIFA (19/07/2017):
Pessoal, felizmente as rifas que estavam sendo vendidas online já terminaram!! Agora só tem disponível rifa para ser comprada pessoalmente. Meus mais sinceros agradecimentos a todos que compraram, compartilharam e ajudaram a divulgar a nossa ação, foi um verdadeiro sucesso!! Estamos preparando ações futuras para ajudar o nosso pequeno, mais informações aqui.

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"Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo."


Essa semana, como parte da minha preparação para a Páscoa, fui me confessar. O Padre estava a par de tudo que estamos vivendo com o pequeno e acabou se tornando mais um bate papo do que uma confissão. A certa altura da conversa, ele me falou algo que eu jamais tinha me dado conta. Que o verdadeiro momento que Cristo nos salvou não foi na cruz. Foi no horto das oliveiras. Depois que celebrou a Santa Ceia com os discípulos e antes de ser entregue aos soldados romanos, Jesus rezou. Ele estava tomado por uma tristeza profunda, uma tristeza de morte. Ele sabia o que estava por vir. Tão grande era a Sua angústia, que Ele suou sangue. Pediu ao Pai que afastasse aquele cálice, se fosse possível. Mas sempre finalizava Sua oração dizendo que fosse feita a vontade de Deus. Três vezes ele se ajoelhou, repetindo a mesma oração. Quando retornou pela terceira vez para encontrar com os discípulos adormecidos, já não havia mais angústia, apenas paz. Ele tinha dado o seu sim naquele momento. Ele tinha se entregado aos planos de Deus para Ele. Esse momento, esse sim, foi o que nos salvou. O que veio a partir daí - o julgamento pelos sacerdotes e por Pilatos, a flagelação, o calvário, a crucificação e a ressurreição, tudo só foi possível por causa do Seu sim. 
Mais do que procurar entender o que estava acontecendo com o pequeno e com a nossa família, venho buscando me entregar. Eu confio, eu me entrego. É o mantra que repito várias vezes ao dia. Mas não sei se posso dizer que dei meu sim a Deus. Minha confiança vem baseada numa condição: acreditar que o pequeno vai voltar a ser exatamente como ele era. O que o padre falou naquele momento da confissão ficou na minha cabeça. Eu sei no meu coração que eu não dei o meu sim. Eu ainda não fui capaz de olhar para Ele e dizer "que seja feita a Sua vontade", pois sei que a vontade Dele pode ser que seja diferente da minha. E dentro da minha medíocre inteligência humana, qualquer vontade que seja diferente da minha não pode ser boa. 
A Páscoa que hoje nós celebramos só foi possível porque Cristo deu o seu sim. Então que eu possa também dar o meu sim. Ainda que eu sinta uma tristeza de morte e que eu saiba que o que me espera é uma caminhada de muita dor, eu sei que no final a vida vence a morte. Ainda que a cruz seja pesada demais, depois dela vem a glória.
Feliz Páscoa!