quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O encantador de cães, digo bebês.

Outubro foi um mês festivo lá em casa. A começar pelo aniversário do pequeno, um evento quase megalomaníaco com direito a reforma em toda a área externa da casa e muita correria na arrumação/organização da festa (mais sobre aqui). Seguindo no clima comemorativo, meu aniversário. Uma pequena jantinha em casa, para alguns amigos mais próximos (já que a família inteira mora longe). Pequena, mas muito celebrada. Aproveitei o momento para fazer algo que eu ansiava desde que havíamos nos mudado para a casa nova (e lá se vai quase um ano): jantar na varanda toda iluminada por luzinhas de pisca-pisca.

São Pedro não colaborou muito e mandou um climinha bem chuvoso. A ideia inicial era colocar a mesa na parte descoberta e pendurar as luzinhas nas árvores que ficam ao redor do deck. Mas tivemos que nos adaptar ao contratempo..
Na mesma semana do meu aniversário, o casamento de dois amigos muito queridos e festeiros. Era festa boa na certa. Respectivo até comentou em deixarmos o pequeno com os avós. Mas a festa era em outra cidade, no dia seguinte poderíamos aproveitar toda a (excelente) estrutura do hotel com os noivos e demais convidados, no fim não achamos justo privar o pequeno desse momento com a família. Já haviamos levado ele num outro casamento, mas na época ele tinha apenas 3 meses e dormiu praticamente o tempo inteiro. Easy peasy! Dessa vez seria diferente. Estávamos levando conosco um pequeno serelepe, inquieto, andante, curioso, e todos adjetivos mais que se possa pensar para definir um bebê que certamente iria querer mexer e andar por tudo. Dito e feito. O hotel onde foi a cerimônia e festa parecia uma fazenda, com direito a praia de água doce, piscina, laguinhos e muito, mas muuuito verde. Um prato cheio pro pequeno.
Entrada charmosinha.

Pequeno se esbaldou subindo e descendo as escadas.

Casarão onde ficam os quartos.

Minha paixão por decór falando alto: muito amor pelo colorido da casa e pelos móveis rústicos.

Verde, verde, verde!!!

Capelinha linda, linda, linda!! (a cerimônia foi à beira do lago, não aqui)

Interior da capela. Tanto amor por ela que deu vontade de casar de novo.
 
Cerimônia lindíssima ao pôr do sol ❤️
Mas nada que não conseguíssemos contornar. Como os noivos eram do ciclo de amizades do respectivo, me incumbi de supervisionar a atividade exploratória do nosso filhote para ele curtir o momento. Revezamos em alguns momentos para eu poder sentar um pouco (lá se foram os tempos que eu aguentava horas em cima de um salto) e comer. O desafio mesmo veio na hora de dormir. Um dos casais amigos nossos que estavam lá tem dois bebês e decidiram levar a babá para poder deixá-los dormindo tranquilamente no quarto enquanto aproveitavam a madrugada de festa. Nós tínhamos nos programado para deixar o pequeno no carrinho (que vira moisés), dormindo num canto mais silencioso da festa, tal qual no primeiro casamento que o levamos. Mas esse casal querido e abençoado nos ofereceu para levá-lo para o quarto deles. Pensa em duas pessoas felizes! Lá fomos nós com o pequeno sonolento, já passada a hora usual de dormir, imaginando que bastaria mamar para pegar no sono. Oh dó! Levamos aproximadamente 1 hora para fazê-lo dormir. Ele simplesmente não queria se entregar. Provavelmente estava agitado demais com o ambiente novo e a profusão de pessoas e sons que o cercava. E aqui eu faço um pausa no relato para explicar: desde que o pequeno nasceu, eu me vejo tendo que enfrentar um dos meus maiores defeitos, a impaciência. Eu pareço calma, mas consigo ficar irritada com uma facilidade que às vezes nem eu entendo. E, de todas as coisas que o pequeno pode fazer para me fazer perder os brios, duas me estressam mais: não querer comer e não querer dormir. Do primeiro mal eu sofro muito pouco, já que o pequeno é muito bom de boca. Já do segundo.. Pequeno costuma adormecer com facilidade, mas tem dias que ele luta bravamente. Alguns dias eu permaneço tranquila, serena, esperando pacientemente ele dormir. Mas alguns dias, principalmente naqueles que o cansaço toma conta de mim, eu acabo perdendo para a impaciência. E é aí que o respectivo entra para me socorrer. Nesse dia especificamente do casamento, eu simplesmente não conseguia aceitar que ele não caía no sono. Ele fechava os olhinhos, começava a relaxar o corpo, mas bastava um barulho ou movimento diferente que ele despertava. E aquilo foi tomando conta de mim. Quando eu já estava a ponto de desistir e levar ele de volta pra festa, respectivo pegou ele nos braços e em menos de 5 minutos ele estava adormecido...
No caminho de volta para festa, comentei chateada que não conseguia entender porque nesses dias de luta ele adormecia tão facilmente com o respetivo e não comigo. E foi aí que o respectivo falou uma das teorias que mais fez sentido desde que o pequeno nasceu: porque ele sente a minha irritação. Anos atrás, quando éramos apenas ele, eu e um cachorro recém-chegado na nossa vida, tínhamos o hábito de assistir o programa do Cesar Millan, o encantador de cães. Das dicas que ele dava, havia sempre uma que ele reforçava mais, que os cães sentem as nossas emoções. Que para acalmarmos um cão, nós precisamos nos acalmar primeiro. Eu sei que parece esdrúxulo comparar bebês a cães, mas no momento que o respectivo citou o madamento pricipal do Cesar, tudo fez sentido. Eu só não consigo fazer o pequeno adormecer quando eu estou cansada e irritada demais. Os dias que ele mais luta contra o sono, são os dias que eu estou menos paciente para fazê-lo dormir. E vice-versa.
Noite passada pequeno não queria dormir de jeito nenhum. Colocamos ele no berço, ele deitou, rolou, sentou, levantou, caminhou, falou sozinho, riu, jogou travesseiro/coberta/cheirinho/tudo para fora do berço. Fez a maior farra. Tentei fazê-lo deitar, fazer um carinho e acalmá-lo. Nada. Sentei tranquila na poltrona que fica ao lado do berço. Deixei ele se cansar por alguns minutos. Comecei a perceber que a euforia foi diminuindo aos poucos, ouvia apenas o barulho dele rolando no colchão. Levantei, deitei-o no travesseiro e fiquei ali do seu lado, afagando seu cabelo. Em pouco tempo ele havia adormecido. They say 'happy wife, happy life', I say 'happy mom, happy son'! 
Pequeno todo lindo e charmoso de gravata e tudo no casório!
 

3 comentários:

  1. Mas é uma coisa mais linda desse mundo o meu sobrinho! E de gravatinha borboleta então?!. Amo muito!
    E sim sys, aqui em casa não é diferente. Sempre que estamos ansiosos para o Marco dormir, ele não dorme. Os bebês (e estenderia para as crianças) possuem um olho da alma. Sabem e sentem o que sentimos. O jeito é encontrar um mantra e entoar toda a vez que precisamos de paciência e dar tempo para eles!. Parabéns pelo blog! Estou adorando!!!! bjosssss

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  2. Mas é uma coisa mais linda desse mundo o meu sobrinho! E de gravatinha borboleta então?!. Amo muito!
    E sim sys, aqui em casa não é diferente. Sempre que estamos ansiosos para o Marco dormir, ele não dorme. Os bebês (e estenderia para as crianças) possuem um olho da alma. Sabem e sentem o que sentimos. O jeito é encontrar um mantra e entoar toda a vez que precisamos de paciência e dar tempo para eles!. Parabéns pelo blog! Estou adorando!!!! bjosssss

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