quinta-feira, 17 de março de 2016

Throwback Thursday: aaaaaaaaaaaatchim.

Porque essa semana pré-férias está se arrastando. E hoje eu vim trabalhar me arrastando, depois de uma madrugada intesa de rinite alérgica. Minha cabeça dói, meu corpo está moído e meu nariz fazendo com que eu me pareça com Rudolph, a rena. Mas há luz no fim do túnel, foi só uma crise alérgica. Já está tudo sob controle de corticóides. E, além do mais, as férias estão virando a esquina.
Vem ni mim ares do Sul. Vem que eu acho que a minha doença é saudade...

Postado aqui em 30.05.2015.

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Minha mãe nunca fica doente. Fato. Nos meus longos 30 anos de existência, raras foram as vezes que vi minha mãe tomar remédio ou precisar de um dia de cama. Eu sempre fiquei doente, e muito. Minhas irmãs ficaram doentes inúmeras vezes. Meu pai também. Até meus cachorros, o gato, o papagaio e o periquito. Mas minha mãe não. Cresci invejando o sistema imunológico da bendita, desejando ardentemente ter um pouquinho dos anticorpos dela nas minhas veias. Não suporto ter que tomar remédio. Sou dessas que espera a situação ou a dor estarem insuportáveis até colocar qualquer pílula, gotinha ou xarope na boca. Culpa talvez da quantidade astronômica de medicação que tomei durante a minha infância. Sorte minha que eu cresci, e meus glóbulos brancos devem ter 'crescido' junto, porque de uns anos para cá os vírus e bactérias resolveram procriar em outro terreiro. No último inverno, se tive uma gripe foi muito. Já nesse..
Minha mãe fica quase mais doente que eu. Ou, minha mãe é parceira e fica doente toda vez que eu fico. Essas são possíveis frases que o pequeno poderá um dia dizer. Desde que entrou na creche, ele já pegou duas gripes e uma virose. Normal. Resultado da soma creche+clima. Está socializando germes e se deparando com a chegada do primeiro inverno na sua vida. Só que eu tô indo junto todas as vezes. Fui parar no hospital algumas vezes nessa semana. Algumas levando ele, outras sendo levada. E invejando mais do que nunca o sistema imunológico da minha mãe. É meu pequeno, tamo junto. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença.. 

Não, não somos eu e o pequeno, mas tinha tudo para ser. Sling, camisa jeans, coque alto e o pequeno de acessório, basicamente me resume. Encarando o inverno de frente. Bring it on, MTF!

Jogada em algum lugar assim. Agora.

It´s a lovely time for some tea!


Last autumn's days.

Baby it´s cold outside.

Healing sunshine.

Melhor. Sacola. Ever.


I have a thing for apothecary jars in the bathroom.

Fall colors inspiration.

Clean&Comfy

quarta-feira, 9 de março de 2016

BE-YOU-tiful.

Esses dias eu vivi uma situação que me deixou com o coração em pedaços. Eu estava no shopping com o pequeno e esperava o elevador. Quando entrei, havia três meninas e uma senhora. Pareciam ser irmãs com a sua avó, uma devia ter por volta de 14 anos, outra uns 10, e a menor uns 6 talvez. Sou péssima chutando idades. Anyway. As três lindas mulatas, com seus cabelos encaracolados caprichosamente arrumados. Logo que entrei com o pequeno a atenção se voltou para ele. "Que coisa mais linda", uma delas disse. E ele, faceiro como sempre, começou a fazer farra. Em meio aos vários "óuns" e elogios, a do meio solta: "Olha só, ele tem tudo que a gente não tem. É branco, loiro, de cabelo liso e olhos claros". Senti meu coração parar por um momento. Fiquei tão pasma com a sinceridade daquela declaração que eu simplesmente não soube o que dizer. Perdi a oportunidade, como me chamou a atenção o respectivo. Podia ter enaltecido a beleza dela, falado alguma coisa que a fizesse se sentir melhor consigo mesma, mas o choque não me permitiu raciocinar como deveria. Me reconheci nela. Não pelas características apontadas, mas por ter passado boa parte da minha vida querendo mudar várias coisas na minha aparência, desejando até mesmo ser outra pessoa. E me doeu perceber quão cedo essa cobrança interna começa. Não muito mais de 10 anos ela deveria ter, mas já havia nela uma auto estima em xeque, auto estima essa que provavelmente demorará anos até se firmar. SE um dia isso acontecer.
Quando será que nos sentimos mal ou insatisfeitas pela primeira vez por sermos nós mesmas? Eu não lembro quando isso aconteceu comigo, só lembro de me sentir assim durante muito tempo. Às vezes eu ainda me sinto. Eu sou branca demais, magra demais, tenho peito de menos, altura de menos. Não gosto do meu nariz, das minhas bochechas, da minha bunda, da minha barriga. Queria que meu rosto fosse mais quadrado, a maçã do rosto mais marcada, que aparecesse menos gengiva quando eu sorrio, que eu não enchesse de sardas quando pego sol. Quanto tempo já perdi encarando fotos, analisando detalhes, tentando me convencer que sim, eu até que sou bonita. Mas seria muito mais se eu pudesse mudar várias coisas em mim. A primeira delas? Minha auto estima. E não acho que isso seja um privilégio só meu. Tenho várias amigas lindas - dessas de parar o trânsito, como se diz por aí - que também se questionam assim. Pensando bem, acho que eu nunca conheci uma mulher que não tivesse ao menos um momento desses de baixa auto estima na sua vida. Será que isso faz parte do pacote de portar dois cromossomos X? Será que quando Deus nos criou, ele pensou: "toma aqui, um útero, dois ovários e um punhado de insegurança"? Provavelmente não. Mas a gente segue se questionando, desejando qualquer coisa que a outra tenha que não seja o que nós temos naturalmente.
Ontem foi dia internacional da mulher. Um dia para celebrar uma infinidade de conquistas que nós tivemos ao longo do tempo. Direito ao ensino superior, direito a votar e ser votada, à participação nos esportes, a trabalhar fora de casa, ao divórcio, a usar calças (!!!), à equiparação salarial, à proteção contra a violência doméstica, à igualdade de direitos e deveres perante a lei. E o mais básico dos direitos nós não conseguimos conquistar: o amor próprio. Ele tá ali, à nossa disposição. Mas nós insistimos em achar utópico demais nos aceitar exatamente como somos. Com todos os defeitos e qualidades, principalmente as qualidades, essas danadas que insistem em escapar aos nossos olhos. Eu sigo nessa luta há uns bons 20 anos, se não mais, e confesso que não sei se um dia essa minha luta particular terá fim. Aliás, escrevo esse post sem ter uma dica bacana de como lidar com baixa auto estima ou com uma solução mágica para essa insegurança toda. Mesmo com tudo que eu já conquistei nessa vida, sigo me questionando. Sigo brigando com a balança, com o espelho e com quem mais ousar me mostrar quem eu sou. Sigo, assim como você linda menina morena dos cabelos cacheados e olhos de jabuticaba a quem eu falhei seriamente por não ter lembrado da própria beleza, desejando ter tudo que eu não tenho e que um milhão de outras pessoas tem.  

quinta-feira, 3 de março de 2016

Throwback Thursday: what goes around, comes around.

Na semana que passou eu vivi uma montanha russa de emoções. Uma oportunidade de voltar para o Sul surgiu. E da mesma maneira súbita e inesperada que ela surgiu, ela também desapareceu, me deixando chorosa e deprimida e mais cheia de saudade da minha terra do que nunca. Me vi, em poucos dias, imaginando e praticamente já vivendo uma rotina que incluía praia, ir trabalhar de bicicleta e poder ver minha família toda vez que eu quisesse. Sonhei alto, para em seguida ser atirada de volta à minha realidade de rotinas exaustivas e ausências.
E é nesse clima de ressaca e melancolia que eu relembro esse post que trouxe vivências da minha infância para um dos maiores must have da atualidade na vida das mães com bebês pequenos: o tal quartinho montessoriano.

Postado aqui em 02.06.2015.

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Já comentei por aqui, nos primórdios do blog, sobre minha infância de andarilha. Cheguei pequena em Floripa, aos 7 anos, no meio de um ano letivo, e tive que começar a frenquentar uma escola nova. Não bastasse a novidade do lugar, das pessoas, de ter que começar tudo do zero numa cidade nova, eu ainda tive que enfrentar toda uma metodologia nova que o colégio onde eu havia sido matriculada. Método Montessori. Precisei me acostumar com a ideia de sentar em círculo no chão da sala ao invés de carteiras, fazer cálculos matemáticos com cubos e barrinhas de madeiras coloridas que representavam unidades, dezenas e centenas, fazer as atividades escolares em grupos que se revezavam nas matérias durante a semana até que todos os grupos tivessem feito todos os exercícios. Eram muitas novidades para minha pequenina cabecinha. Engraçado que não me lembro muito bem do rosto dos meus colegas de turma, mas nunca me esqueci dos detalhes daquelas aulas, de como eu me sentia diferente estudando sentada no chão utilizando bloquinhos de madeira.
Foram 3 anos e meio estudando nesse colégio. Dali para frente voltei a frequentar escolas que seguiam os métodos tradicionais. Carteiras, livros e apostilas. Muito tempo se passou de lá para cá. Muita coisa se passou até eu desobrir que aquela maneira diferente de estudar que habitava minha memória mais remota, era muito bem indicada não só dentro do ensino educacional, mas também para as rotinas dentro da nossa própria casa. Basicamente, o método montessoriano é caracterizado por uma ênfase na independência, liberdade com limites e respeito pelo desenvolvimento natural das habilidades físicas, sociais e psicológias da criança. Nesse sentido, busca-se a utilização dos recursos mais adequados a cada fase e a cada criança em seu momento, já que as fases não são estanques e nem têm datas exatas para começar e terminar. E foi nesse contexto que fui apresentada ao 'quarto montessoriano'. Um quarto pensado e planejado totalmente para a criança, com a cama numa altura em que ela possa sair com tranquilidade, brinquedos e objetos ao seu alcance, prateleiras e armários levando em conta a altura da criança. São só alguns dos detalhes visados por quem busca montar um quarto montessoriano. E já que liberdade é a palavra de ordem, a criatividade pode rolar solta e sem limites no quesito decoração..
Meu sonho fazer uma tenda dessas pro Arthur.

Cheer and colorful.

Estante de brinquedos acessível para os pequenos.

Essa folha de palmeira ❤️

Playroom dos sonhos!

Não fosse pelos móveis em tamanho mini, poderia dizer que é um quarto de gente grande.

So cute.

Simple & Beautiful.

Caminha montessoriana de patchwork. Muito amor!

O mesmo quarto, outro ângulo.

A-M-E-I a ideia da casinha pintada na parede.

Um desses para mim tava ótimo. Para MIM, não pro pequeno..

Ok, parece uma caminha de cachorro, mas eu gostei..

Perfect! (salvo na pasta de ideias para o futuro quarto do Arthur)

Rústico e fofo.

O espelho na parede é quase um must have do quarto montessoriano. As crianças adoram!

Adoro a simplicidade e a beleza desses quartinhos.
Na falta de um quarto, dá para fazer um cantinho montessoriano pela casa também.
Quando eu descobri o tal 'quarto montessoriano', o Arthur já tinha lá pelos seus 4 meses, e confesso que, apesar de ter adorado a ideia, rolou uma certa preguiça de remodelar o quarto todo dele. Afinal, era o único cômodo da casa que estava pronto, e ele tinha acabado de ganhar um cantinho de brinquedos na sala de TV.. Quem sabe, quando e se o/a segundo/a pequeno/a vier, e tivermos que reorganizar a disposição dos quartos da casa. O que no momento é quase um assunto de ficção científica. Let´s focus on now, shall we?!