quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Throwback Thursday: Sleepy Kitty.

* Publiquei esse post faz algum tempo, mas por algum motivo que eu desconheço, ele sumiu do blog e voltou a ser rascunho. Como eu gosto muito dele, resolvi republicar. Sorry pela redundância.

Uma das maiores conquistas que eu tive na maternidade foi o momento que o pequeno passou a dormir noites inteiras. Não só pelo fato de eu poder descansar decentemente a partir de então, mas por todo o significado que esse marco teve em nossas vidas. Vi e ouvi muita coisa sobre sono dos bêbes. Há muita coisa que se pode tentar para fazer com que um bebê durma direto pelas longas horas da madrugada. Deixar chorar, trocar o leite por chá ou água, terapias do sono e por aí vai. Eu li de tudo sobre esse assunto. E li também que acordar para mamar não só é normal como muito comum no primeiro ano de vida de um bebê. E foi nessa informação que eu me agarrei. Resisti a todos os conselhos e dicas que recebi e optei por deixar essa decisão nas mãos do pequeno. Não por birra ou porque eu não queria decidir, mas porque eu confiava nele. No meu coração eu sabia, iria acontecer naturalmente, na hora que ele estivesse pronto. E assim foi.
Lá se vão 3 meses de noites bem dormidas, sem mamadas na madrugada. Lógico que tem uma ou outra noite que foge à regra. Há umas duas noites, ele acordou chorando forte e irritado. A única coisa que o acalmou foi mamar. Em ocasiões como essa, eu dou sem titubear. E ele sempre volta a dormir tranquilamente nas noites seguintes. Sempre vai haver um dente nascendo, uma gripe chata ou, bem futuramente, uma balada, para me manter acordada nas madrugadas. Mas eu fui muito bem avisada sobre isso. Não foram poucas as pessoas que, ao avistar meu barrigão de grávida, me diziam 'aproveita para dormir agora'. Ser mãe é nunca mais ter uma noite de sono tranquila. Por mais que ele durma direto, eu continuo acordando com qualquer coisa. Eu, que era dorminhoca assumida e morria de medo de não acordar com o choro do pequeno, passei a ter um sono mais leve que o ar. Mas ser mãe é muito mais do que perder o sono. É ter a responsabilidade de decidir sobre a vida de outro, é escutar a voz que vem da gente, é confiar e colher os frutos dessa relação de confiança. E eu posso dizer de boca cheia, esses são os mais doces e belos frutos que se pode colher nessa vida.
 
Postado aqui em 31.07.2015.

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Uma das maiores dificuldades que eu tive assim que me tornei mãe, foi aceitar que não há como controlar a situação, seja ela qual for. Eu bem que tentei, e tudo que consegui foi me frustrar muito. Ter filhos é como se jogar de um precipício. Sem paraquedas. Mas com uma vista linda. Aos poucos, no alto dos seus quase 10 bem vividos meses, eu tenho conseguido retomar o controle, tenho conseguido ditar um ritmo na rotina do pequeno. Mas os primeiros meses de vida de um bebê são puro descontrole. Não há regras, não há literatura, não há nada que estabeleça verdadeiramente como as coisas vão funcionar dali para frente. Pode ser que seu bebê durma como um anjo desde o início, mas pode ser que ele queira mamar de hora em hora todas as noites. Assim como pode ser que ele durma como um anjo numa noite, e na seguinte te faça adormecer na poltrona de tanto amamentar. E essa foi a minha segunda dificuldade na maternidade: entender que, diferente da maioria das coisas no mundo, bebês não necessariamente seguem uma lógica de progresso. Explico: se o seu bebê acordava de hora em hora durante a noite, e de repente passou a dormir 5 ou 6 horas seguidas, não quer dizer que dali para frente ele passe a dormir cada vez mais e logo alcance deliciosas 8 a 10 horas de sono. Pode ser que na semana, ou no dia, seguinte ele resolva voltar a acordar no ritmo TeleSena. E isso é realmente frustrante. Eu vivia atazanando o respectivo com perguntas do tipo: mas se ele dormiu tão bem nos últimos dias, porque diabos ele voltou a acordar tanto esse noite?! Respectivo, com toda a sua calma e sabedoria me respondia: cada dia é um dia. Cada dia é um dia. Não há frase mais verdadeira que essa na maternidade. Eu demorei, mas enfim consegui absorver essas palavras.
Pequeno completa 10 meses na semana que vem. Durante esse tempo, houve breves períodos em que ele dormiu a noite inteira. Na maioria das noites, ele sempre acordou ao menos uma vez para mamar. Eu nunca lutei contra isso, deixei ele me ditar o ritmo dele. Se ele precisasse mamar duas, três vezes, eu dava. Apesar da vasta literatura sobre o assunto e os inúmeros pitacos gratuitos recebidos, não conseguia me sentir à vontade para intervir de alguma maneira e tentar forçá-lo a entender que madrugada não é hora de comer. 'Ele vai me sinalizar quando estiver pronto para entender isso', era meu pensamento. Fui muito questionada sobre isso. Cheguei a ouvir de algumas pessoas que o pequeno estava velho demais para mamar de madrugada. Questionamentos geram questionamentos, e eu cheguei a me perguntar se estava agindo corretamente. Mas, na dúvida, decidi seguir meu coração. Decidi deixar o pequeno me guiar. Então, de domingo para segunda, ele chorou por volta das 2h como de costume. Fui socorrê-lo e tirá-lo do berço, como de costume. Só que, ao invés de continuar choramingando até sentir o leite em sua boca como de costume, ele simplesmente encostou a cabeça no meu ombro e voltou a dormir. Sentei na poltrona com ele no colo e ali fiquei até ter certeza de que ele havia dormido. Ele só voltou a acordar de manhã cedo. E nas noites que se seguiram, essa cena se repetiu.
Uma das maiores questões da maternidade, é nunca saber se você está agindo certo. E uma das maiores satisfações é descobrir que você agiu corretamente em alguma situação. E é assim que eu tenho acordado todas as manhãs dessa semana, com a deliciosa sensação de que valeu a pena seguir meu coração. Pode ser que daqui a duas ou três noites ele volte a pedir para mamar. E se ele pedir, eu vou dar. Afinal, o que eu precisava ele me deu: a certeza de que ele é plenamente capaz de me dizer de alguma maneira o que ele precisa. Seja fome ou só vontade de um chamego para voltar a dormir. I´m right here my little one, anything u need, I´m here for ya!


Nap time for them, fun time for us!

Baby knitted sleeping bag, so cute!

Uma linda ideia de decór para a parede do quarto do bebê: canções de ninar emolduradas.

Obra de arte ou peça de design? Love it!

Nos dias em que a exaustão era maior que a vontade, eu simplesmente levava o pequeno para a cama comigo e ele dormia feito um anjo. Mas cá entre nós, tem coisa melhor do que dormir ao lado de um anjo? Ainda mais numa cama aconchegante assim..

Minha poltroninha de amamentação tem sido minha grande aliada nas madrugadas. Apaixonada por esse modelo de poltrona e essa combinação de cores!

The cutest mobile ever!

Mais uma da série "berços lindos & inusitados".

Lullaby as a decor touch, so lovely!

Crochet baby blanket detail.

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