segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Uma vida inteira em apenas uma semana.

UPDATES SOBRE A RIFA (19/07/2017):
Pessoal, felizmente as rifas que estavam sendo vendidas online já terminaram!! Agora só tem disponível rifa para ser comprada pessoalmente. Meus mais sinceros agradecimentos a todos que compraram, compartilharam e ajudaram a divulgar a nossa ação, foi um verdadeiro sucesso!! Estamos preparando ações futuras para ajudar o nosso pequeno, mais informações aqui.

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Logo que entramos na ambulância, o médico que havia acabado de trazer meu filho de volta à vida falou cheio de otimismo que as suas pupilas já estavam reagindo e que ele estava brigando para respirar sem a ventilação mecânica. Era o suficiente para acalmar meu coração por ora. Respectivo foi para casa buscar roupas e nossos documentos e eu segui para o outro hospital, onde o pequeno seria internado na UTI. A primeira vez que andei de ambulância, que Deus permita que seja a primeira e única, eu pensava. Quando chegamos, eu permaneci na recepção passando os dados necessários para a internação, enquanto subiam com ele para a UTI. Quando consegui finalmente subir, tive que ficar esperando do lado de fora, eles estavam fazendo todos os procedimentos de entrada dele. Pouco tempo depois respectivo chegou e pude finalmente tirar a roupa molhada. Foi então que ele me contou que havia entendido o que tinha acontecido. Quando voltou em casa, ele foi olhar a piscina. Havia dois protetores solares dentro dela. Esses protetores, antes, estavam em cima da mesa da churrasqueira, no lado oposto da piscina. Pequeno deve ter se entediado com a TV e resolveu ir para a parte externa. A mesa ficava perto do seu escorregador. Ele deve ter ido brincar quando viu os protetores e teve a ideia de jogá-los na piscina. Ele gostava de jogar coisas na piscina quando estávamos juntos tomando banho nela. Provavelmente subiu no banco, pegou um, desceu, foi até a piscina e jogou. Depois voltou para fazer a mesma coisa com o outro. Ele não tinha habilidade ainda para fazer tudo isso segurando os dois. Na segunda vez, foi quando o acidente provavelmente aconteceu. Ou ele teria se desequilibrado na hora de jogar, ou caiu tentando pegar de volta. Levando tudo isso em consideração, o tempo que ele deve ter levado para fazer tudo isso, não devia ter ficado tanto tempo na água...
Pouco tempo depois, uma enfermeira apareceu na porta para nos dizer que estava tudo bem, nos levou rapidamente até seu leito apenas para darmos uma olhadinha nele e nos explicou que teríamos que esperar ainda um tempo, pois iriam fazer uma série de exames nele. Não lembro quanto tempo ficamos, mas pareceu durar uma eternidade. Enquanto esperávamos, vimos um helicóptero pousar do lado de fora e os funcionários da UTI começaram a correr e se preparar, mais uma criança em estado grave estava chegando. Ouvimos a médica plantonista informando a uma outra médica que estava passando no corredor, mais um afogamento, o segundo do dia. As portas da UTI permaneceram abertas durante um bom tempo. Mas ninguém entrou. E com o passar do tempo nós concluímos com um aperto forte no coração que a segunda criança não tinha tido a mesma sorte do pequeno e não tinha passado do pronto socorro...
Depois de um tempo de espera, vieram nos informar que o pequeno seria levado para fazer uma tomografia. Meu corpo inteiro gelou. Eu sabia que era aquela o momento que nós enfim saberíamos se ele ainda corria risco ou não. Respectivo virou para mim: precisamos ligar para a família. Até então não tínhamos tido coragem de falar com ninguém. Como iríamos contar o que tinha acontecido? Como eu iria encarar a minha família e a dele? Como eu iria dizer para os avós do pequeno que algo tão terrível tinha acontecido com uma das coisas mais preciosas da vida dele? Eles iriam querer me matar. Eu com certeza iria querer me matar. Eu queria me matar naquele momento... Tínhamos a sincera esperança de poder contar apenas depois, dali algumas horas, quando o pequeno estivesse bem e tudo não tivesse passado de um susto. Eu não tenho coragem, lhe respondi. Mas nós precisamos de gente rezando junto com a gente, ele retrucou. Verdade. Tudo bem, que venha a ira sobre mim, o pequeno precisa disso muito mais do que eu. Enquanto respectivo falava com seus pais, peguei o celular e fiz a ligação mais difícil de toda a minha vida. Liguei para a minha irmã mais velha, contei-lhe tudo o que havia acontecido e pedi que ela contasse a nossa outra irmã e a nossa mãe. Eu não conseguia. Falar uma vez já tinha sido mais do que eu podia suportar naquela hora. Notícia dada, fomos juntos até a capela do hospital, nos ajoelhamos e rezamos.
O resultado foi melhor do que esperávamos, foi o que nos falaram os médicos depois da tomografia (nosso filho foi acompanhado por diversos médicos no tempo que esteve internado, irei me referir a eles sempre no plural a fim de preservar a identidade de qualquer um deles). Pudemos enfim entrar para ficar com o pequeno. Ele estava entubado, sedado, estável. E esse era o principal objetivo agora, mantê-lo estável e garantir que o cérebro não sofreria mais nenhuma injúria. Apesar da tomografia ter deixado todo mundo um pouco otimista, era apenas a primeira, nos explicaram. As lesões decorrentes da falta de oxigenação poderiam aparecer em até 48 horas. Então estávamos mais calmos, porém ainda não completamente livres de preocupações. O dia seguinte correu sem nenhum susto. Eu checava as pupilas de minuto em minuto, e elas se mantinham pequenininhas, lindas. Tínhamos vencido as primeiras 24 horas, faltavam só mais 24. Minha irmã e minha mãe tinham chegado durante a madrugada e os pais do respectivo chegaram pela manhã. Todos com o coração em frangalhos, mas prontos para nos dar todo o suporte que precisávamos. A UTI tinha apenas dois pequenos períodos de visitas durante o dia, e eles precisaram se revezar para ver o pequeno. No período da noite, iria primeiro o pai do respectivo e depois a minha irmã. Saí para ir ao banheiro e quando voltei encontrei um vô emocionado com lágrimas escorrendo pelo rosto na sala de espera. Ele mexeu a mão para mim, me contou cheio de alegria. Entrei com a minha irmã e fiquei de lado enquanto ela namorava o sobrinho. Foi quando ela me chamou a atenção, ele estava mexendo os pés e mãos. Olhei para ele com o coração aos pulos e então notamos algo mais: seus olhos estavam se abrindo. Eu não podia acreditar!!! Chamamos os médicos e eles nos explicaram que ele ainda estava sob sedação. Que no dia seguinte iriam começar a diminuir. O pequeno estava querendo acordar mesmo sob sedação, era a cara dele! Em seguida, reforçaram a dose para que ele voltasse a dormir e deixasse o corpo e, principalmente, o cérebro se recuperar como deveria. Naquela noite eu mal dormi de tanta ansiedade. Se o pequeno havia acordado sob sedação, com certeza já estaria despertando assim que começassem a diminuir os medicamentos.
Passei o dia com os olhos vidrados no pequeno, esperando que a qualquer momento ele começasse a demonstrar os sinais que tinha mostrado na noite anterior. Mas, conforme as horas passavam sem que houvesse qualquer reação dele, meu coração começou a se angustiar. Havia mais umas coisas acontecendo. O pequeno estava começando a apresentar febre, as enfermeiras estavam o dia inteiro tentado controlar a sua temperatura. Um possível sinal de sofrimento cerebral, nos explicaram. E, para completar, havia algo de diferente nas suas pupilas. Elas não estavam mais reagindo como nos dias anteriores. Decidiram fazer uma novo tomo, para checar se havia aparecido alguma lesão. E, então, o laudo: havia uma lesão significativa no cérebro, o pequeno definitivamente não sairia dessa sem sequelas. Mas qual tipo de sequela? Era impossível de saber até que ele acordasse, nos falaram. A dor daquela informação nos invadiu e decidimos então abrir o acontecido para mais pessoas. Quantos mais soubessem, mais estariam rezando pelo pequeno. Apesar da dor, decidimos nos manter otimistas. Como não se sabia qual tipo de sequela ele apresentaria, optamos por nos apegar às mínimas possíveis. O pequeno era forte e cheio de vida, ele se adaptaria e superaria qualquer sequela que aparecesse, e nós faríamos tudo quanto fosse possível para que ele sofresse o mínimo com as novas limitações.
E os dias que se seguiram, passamos assim, confiantes e rezando pela sua recuperação. Tínhamos ouvido tantas vezes sobre casos inexplicáveis para a medicina, o pequeno com certeza seria mais um deles. Rezávamos e esperávamos ele acordar. Na segunda noite depois do laudo, eu saí da UTI para fazer alguma coisa e, quando voltei, encontrei o respectivo de pé, do lado do pequeno, segurando a sua mão, com lágrimas nos olhos. O que aconteceu, perguntei aflita. Ele está acordando, me respondeu um respectivo tomado pela emoção. Me explicou que ele tinha ido mexer em alguma coisa próxima da mão do pequeno e, quando este sentiu seu toque, fechou a mãozinha sobre seu dedo. Me chamou para perto dele, encaixou meu dedo na sua mãozinha fechada e me mostrou como ele apertava mais forte cada vez que a gente mexia. Um tempo depois, me debrucei do seu lado e comecei a cantar algumas músicas em seu ouvido, enquanto mantinha sua mãozinha levemente apoiada sobre a minha. Foi quando senti o peso de seu braço empurrando de volta a minha mão. Ele estava reagindo! Ele não tinha dado mais nenhum sinal depois daquela noite em que quase acordou e agora estava reagindo de novo. Ele voltaria para nós, não havia dúvidas!
No dia seguinte, uma nova equipe de médicos se juntou a nós para explicar mais uma vez as imagens da tomo. Eu não estava muito interessada em ouvir novamente palavras duras sobre o quadro pequeno, mas entendi que era uma preocupação dos médicos nos deixar o mais por dentro possível da saúde do nosso filho e me sentei para ouvir. A situação é grave, a lesão é grave e as sequelas necessariamente serão graves. Ouvi atônita. Aliás, a probabilidade maior é que o quadro se encaminhe para morte encefálica. Só não é possível dizer isso dele agora, porque ele ainda apresenta movimento respiratório próprio. Cada palavra que eu ouvia arrancava um pedaço de mim. Não era possível isso. Ontem mesmo ele estava reagindo a nossa presença. Reflexos, nos explicaram. O cérebro se divide em duas partes, o tronco e o bulbo. Tudo que estávamos vendo do pequeno estava vindo do bulbo, a parte mais primitiva do cérebro, de onde a maioria das coisas que vinham eram mero reflexo. O que nos interessava era o tronco, e por ora não vemos nada dele. Insistimos nas reações da noite anterior, como poderiam ser meros reflexos? Notando que não estávamos entendendo o que eles estavam nos dizendo, os médicos decidiram ser mais enfáticos. Olha, quando cortamos a cabeça de um sapo, ele continua se mexendo durante algum tempo. É exatamente igual com o seu filho e esses movimentos que vocês estão vendo. Puro reflexo. Foram as palavras que ouvimos. Nosso pequeno, o que havia de mais perfeito e maravilhoso na nossa vida estava ali deitado diante de nós, sendo comparado a um sapo decapitado. Era surreal aquilo. Como podia ser verdade? Ele tinha quase acordado há apenas alguns dias, e agora estavam nos falando em morte cerebral. Não, não pode ser verdade. Resolvemos insistir. Do mesmo jeito que o quadro pode se encaminhar para o pior, ele pode também melhorar, perguntamos. É, tem que ter fé, mas é pouco provável, foi a resposta.
Saí da UTI aos prantos, chorando como nunca havia chorado na vida. Aquilo tudo era um pesadelo, só podia ser. Há uma semana nós tínhamos a vida perfeita, uma família perfeita. E agora estávamos lidando com a pior dor que um ser humano pode lidar, a dor de perder um filho. Eu pedi tanto a Deus que me livrasse disso. Toda semana quando íamos à missa, eu Lhe agradecia por ser tão bondoso comigo e me encher de bênçãos e finalizava a oração com apenas um pedido: que Ele me livrasse da dor de perder meus filhos ou meu marido. Eu não sei se vou conseguir continuar acreditando Nele, falei ao respectivo. Se nós perdermos o pequeno desse jeito cruel, depois de eu pedir tanto que ele não me deixasse sentir essa dor, eu não sei se vou ser capaz de acreditar que Ele realmente existe. Precisamos ser fortes, respondeu o respectivo. Precisamos ser fortes pelo nosso outro filho. Tomada pela dor, proferi as palavras mais duras que eu poderia algum dia imaginar: eu não quero outro filho, eu quero o pequeno. (Minha amada pequena, rezo a Deus que tu não tenhas sentido no ventre as coisas que se passaram no meu coração. A dor é capaz de fazer uma pessoa pensar as coisas mais absurdas, mas quando ela passa, percebemos que a maioria das coisas que pensamos ou dissemos não é verdade...)
Desde o momento do acidente, nós não havíamos questionado Deus sobre nada do que estava acontecendo. Em nosso coração, não sentíamos que o que estava acontecendo era vontade Dele. Não. Na verdade nós sentíamos que Ele sabia o que iria acontecer e tinha nos dado todas as ferramentas necessárias para que salvássemos o pequeno. O aperto que eu senti no coração e que me fez buscar o pequeno pela casa. A incrível racionalidade que tomou conta do respectivo que, mesmo vendo o pequeno sem vida, conseguiu se manter firme fazendo os primeiros socorros. A decisão de ir até o hospital ao invés de esperar pela ambulância, decisão esta que ele apenas tomou porque alguns anos antes tinha visto o pai de um amigo enfartar e ficar esperando por mais de meia hora pela ambulância até enfim decidirem levarem eles mesmos ao hospital. O fato da gente ter conhecido o caminho do hospital apenas 3 dias antes do acidente. Até então nós sabíamos apenas o caminho de casa até a creche, o mercado e o meu trabalho. Não conhecíamos nada na cidade. No sábado anterior ao feriado, pequeno acordou reclamando de dor no pênis. Estava com a ponta avermelhada. Normalmente eu marcaria uma consulta com um pediatra dali alguns dias. Mas eu não conhecia nenhum pediatra e fiquei com dó de vê-lo reclamando da dor, então conversei com o respectivo e resolvemos levá-lo ao Pronto Socorro. Assim a gente já descobre onde fica, comentei no dia. Foi o que fez com que conseguíssemos chegar em apenas 3 minutos 3 dias depois. E o mesmo médico simpático que nos atendeu naquela manhã de sábado salvou a vida do nosso filho.
Deus quis salvar nosso filho. Nós tínhamos certeza disso. Se é fé que é preciso ter para reverter esse diagnóstico, então fé nós teremos. E não apenas nós. Nós contaríamos a todos os nossos conhecidos e formaríamos um exército tão grande de pessoas pedindo pelo pequeno que Deus teria que escutar. Em poucos minutos a notícia havia se espalhado e, em algumas horas, as mensagens começaram chegar. Inúmeras, até mesmo de pessoas que a gente nem conhecia. Pessoas de todos os lugares nos mandavam suas orações e nos enchiam com palavras de fé. Um verdadeiro exército, como nós havíamos desejado. Deus já estava do nosso lado, Ele iria nos atender. No dia seguinte, as mensagens não paravam de chegar e eu estava determinada a me manter com fé, independentemente do que os médicos me dissessem. Mas com o passar do dia, comecei a ver um pequeno pálido, com o corpinho frio, e poucos movimentos respiratórios próprios. Tudo que os médicos haviam nos falado no dia anterior parecia estar se concretizando. Eu tentava desviar meus olhos de tudo isso, me manter olhando para Deus. Assim como Pedro caminhando sobre as águas mantinha seus olhos em Cristo. Mas, assim como Pedro, eu sentia cada vez mais a força do vento e via o mar revolto ao meu redor. E, assim como Pedro, eu comecei a afundar...
Eu precisava sair dali. Chamei minha irmã e pedi que ela fosse para fora do hospital comigo. Eu não sinto mais a presença do pequeno, sys. Até ontem eu sentia ele tão presente, hoje eu olho e não vejo ele. Acho que ele está indo embora. E mais uma vez a dor veio dilacerando cada pedaço de mim. E eu chorei. E eu me revoltei. Como eu podia ter sido tão idiota? Como eu poderia ter deixado isso acontecer com o meu filho? Por que eu não levei ele para cima comigo? Por que eu não fechei a porta? Ah, a maldita porta. Por que diabos eu me esqueci dela? Como eu iria conseguir ser mãe depois disso? Como eu podia ter falhado de um jeito tão absurdo sendo mãe? Eu amava tanto aquele menino. Tanto. Ele sabia disso, eu não me cansava de falar isso para ele. Nesses dois anos eu tinha amado ele mais intensamente do que qualquer outra coisa na vida. Eu nunca tinha lhe negado colo, nunca havia o deixado chorando, sentava para brincar com ele todo dia depois do trabalho, mesmo cansada e com vontade de apenas me jogar no sofá. Sim eu tinha tido meus momentos ruins também. Momentos de impaciência, de erros, arrependimentos. Mas, eu com certeza tinha muito mais momentos bons do que ruins. Toda noite na hora de dormir, nós rezávamos juntos, agradecíamos ao Papai do Céu por todas as coisas que Ele nos dava. E toda vez eu repetia o quanto ele era especial, o quanto ele era amado. Eu tinha vivido plenamente esses dois anos de vida do pequeno, com todo meu coração e minha alma. Não havia arrependimento em mim de coisas que eu gostaria de ter feito a mais ou momentos que eu gostaria de ter aproveitado mais. Exceto pelo acidente. Mas será que esse único momento tinha a capacidade de apagar 2 anos de vivência amorosa? Sim, a minha falha tinha sido fatal, mas será que ela me definia como mãe? Aos poucos, as memórias de todos aqueles momentos felizes começaram a acalmar meu coração. Eu sabia que iria sofrer o resto da vida, que jamais me sentiria plena novamente. Mas eu sabia que parte de mim estaria em paz por ter vivido com plenitude a breve vida do pequeno. Eu não viraria as costas para Deus, afinal, Ele havia me permitido viver com um anjo, mesmo que por pouco tempo. A partir dali eu teria um único objetivo de vida: viver a vida seguindo as palavras do Pai, para que um dia eu merecesse o céu, para que, o dia que eu partisse, pudesse reencontrar o meu pequeno. Eu iria perder meu filho, mas não perderia a minha fé...
Mas e todas aquelas pessoas que estavam rezando por nós? Como elas se sentiriam com a partida do pequeno? Se eu não iria perder a fé, elas também não podiam perder. Elas tinham que saber que as orações delas nos tinham dados forças para viver em paz os últimos dias do pequeno. Elas tinham feito diferença na nossa vida e eu precisava agradecer a elas. Gravei uma mensagem e pedi para minha irmã guardar para o momento certo. Com o coração em pedaços, porém em paz, e os olhos ardendo de tanto chorar, olhei para o céu e falei: se era disso que Você precisava para levar ele, eu estou pronta, eu estou em paz. Eu entrego nas Tuas mãos o meu pequeno... 

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Nota sobre o atual estado do pequeno: como ele ainda não consegue comer sozinho, tivemos que fazer uma cirurgia para colocar a sonda diretamente em seu estômago e assim podermos voltar para casa para começar tratamentos intensivos de reabilitação. Ele teve algumas complicações pós-cirúrgicas, mas agora já está melhor e segue se recuperando. Esperamos que até o início da semana que vem ele já tenha alta.
Ah, a pequena segue na barriga. Com previsão de nascer a qualquer momento, pois já estamos na 38a semana... 

14 comentários:

  1. Estou acompanhando sua historia. O que vocês estão passando sempre foi meu maior medo! Não costumada ter medo antes da maternidade... Sentimento ruim, estranho.
    Fui recrutada para o seu exercito de orações no dia em que soube da historia, mesmo ainda sem conhecer os detalhes. Realmente torço, com o coração mais sincero e sentimento mais puro que seu filho saia dessa, que se recupere. Enquanto escrevo, lágrimas nos olhos...
    Fiquem com Deus e nunca percam a fé! Para Ele nada é impossível!!

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    1. Ivy querida, muito obrigada por fazer parte do nosso exército!! Você não tem ideia da força que cada um de vocês tem nos dado!!

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  2. "E Ele me disse: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza."
    Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repouse sobre mim o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então é que sou forte. (2 Coríntios 12:9,10)

    Sys, querida! Deus te abraçou fortemente neste dia dificil de fraqueza e dor, e te levantou. Te deu um coraçao inquieto e uma alma sedenta de fé! Só Ele poderia te tocar e te agraciar com tamanha graça. Só Ele para poder te sustentar nesta caminhada. E sei que Ele estará contigo sempre, especialmente nos momentos em que te sentires fraca. Pois estará contigo verdadeiramente, mas também em todos que estarão ao teu lado para te ajudar!
    Estou contigo... sempre!

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    1. Tuas mensagens são sempre as mais lindas, enchem meu coração de fé e luz!! Te amo sys ;)

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  3. Conheci hj sua historia e n teve como n se emocionar .. q família forte..vamos confiar q vai dar td certo..ele ja foi contra ao q oa médicos diziam.. força mãe..vou orar p ele

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  4. Manu, sinto muito do fundo do meu coração! Estou pedindo que Deus esteja ao lado de vocês em todos os momentos.
    Não consigo imaginar oq é passar por isso, viver isso... Mas que vocês consigam ter pelo menos um pouco de paz no coração e continuem no caminho para que o melhor aconteça...
    Vai nos atualizando da situação do Arthur e da pequena que está chegando!
    Beijos

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    1. Obrigada querida pelo carinho!! Deus tem estado junto de nós em todos os momentos, só com Ele temos conseguido enfrentar tudo o que estamos passando!!

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  5. Conheci sua história hoje e já faço parte do seu exército, o pequeno pequeno estará sempre é minhas orações assim com toda sua família. Tenho fé que Deus dará a vitória na vida de vocês.

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    1. Obrigada de coração por se juntar a nós nessa corrente de fé!!

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  6. Vocês estão minhas orações desde o dia 15/11,sem exceção, especialmente na noite de Natal eu pedi pelo milagre. Sinta-se abraçada. Abraço fraterno.

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    1. Obrigada querida pelo carinho!! O grupo de oração de vocês é muito especial e tem nos dado muita força em todos os momentos!!

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  7. Manu obrigada por compartilhar com detalhes sua história e sua fé. A fé de vocês nos mobilizou e reacendeu a fé que existe em cada um de nós. O exército do pequeno Arthur continua firme e forte até que o milagre seja atendido. Ainda vamos ver nossos pequenos correndo juntos novamente. Beijos no coração Stephanie

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  8. Querida!! Que saudades sua e do pequeno Davi!! Nunca me esqueço do escandalo que o Arthur fez no mercado no dia que encontramos vcs e vcs foram embora heheheh .. obrigada pelo apoio sempre!! Não tenho duvidas de que reuniremos nossos pequenos numa grande festa logo logo!!

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