sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Bed of roses.

Semaninha intensa por aqui. O pequeno não dorme direito há 4 noites. Ele acorda no meio da madrugada chorando, sem motivo aparente e acalma logo que pego ele no colo. Mas ai de mim se eu me inclinar com a intenção de devolvê-lo ao berço. Volta a chorar no mesmo momento. E aí eu preciso ficar ninando ele até que ele adormeça profundamente e não sinta essa transição dos meus braços para a cama dele. Em duas dessas noites eu estava cansada demais para esse ritual, então resolvi da maneira mais simples e cômoda: levei ele para a nossa cama. Ele dorme com um anjo quando dorme do nosso lado. Um anjinho espaçoso que se mexe pra caramba e toma conta da cama inteira. Mas, ainda assim, um anjinho.
Tá aí mais uma das coisas na qual eu mordi a língua: levar o bebê para a minha cama. Antes do pequeno nascer, eu era super contra a ideia da cama compartilhada. Achava esquisito e nada prático. Silly me. Logo na primeira noite do pequeno em casa, ele dormiu no próprio berço. E lá ficava até despertar. Daí, certo dia, o pequeno acordou cedo como sempre, mamou como sempre, e voltou a dormir mais um pouquinho como sempre. Só que nesse dia, não me lembro porque, eu levei ele comigo para cama para tirarmos essa sonequinha matinal juntos. Eu gostei tanto daquele nosso momento, que ele passou a se repetir quase diariamente. Depois disso, vieram madrugadas extenuantes amamentando. Pequeno passou a dormir bem logo no início da vida dele. Mas, do segundo para o terceiro mês ele passou a acordar várias vezes por noite querendo mamar. Nós estávamos de férias, ele dormia no quarto com a gente mas no seu bercinho portátil. E nessa época ele passava horas no peito. O pequeno nunca teve pressa ao mamar. Ficava no mínimo 1 hora para mais. Imagina ficar esse tempo acordada de madrugada com ele no colo esperando para devolvê-lo ao berço?!? Rapidinho eu passei a colocar ele deitadinho do meu lado, mamando confortavelmente. Não foram poucas as vezes que eu acordei duas ou três horas depois com ele ainda ali, grudado no peito. Eu dormia, descansava. E ele mamava da melhor maneira que ele poderia imaginar.
Pouco depois ele aprendeu a mamar em pouco tempo e voltou a ter noites boas. E nós deixamos de lado nossas madrugadas 'de conchinha'. Família feliz, dormindo bem, e eis que surgem os primeiros dentinhos. Lá se foram as madrugadas de calmaria.. De novo, quando o cansaço era maior do que tudo, lá ía o pequeno pra nossa cama. Aliás, lá vem o pequeno para a nossa cama. Adotamos essa postura desde então. Quando as noites são mais difíceis e ele precisa do nosso aconchego, ele vem sem cerimônia dormir com a gente. 
Hoje cedo, no grupo de whatsapp de mães que eu faço parte, enviaram uma mensagem pedindo ajuda, de uma bebê que sempre dormiu bem no próprio berço mas, nas últimas semanas, passou a acordar direto de madrugada e a mãe tem levado para a cama com ela mas está com medo de botar a perder todo o tempo de costume no bercinho. Eu já me senti exatamente assim, medo de mal acostumar o pequeno. Fui vencida pelo cansaço. Aliás, muito obrigada Sr. Cansaço. Sem você nós jamais teríamos vivido esses momentos deliciosos. Por mais que eu goste de ter mais espaço na minha cama, confesso que adoro deitar com o pequeno agarradinho em mim. E só posso imaginar o quanto ele deve se sentir protegido dormindo no meio de nós. Afinal de contas, eu também não gosto de dormir sozinha. Nós passamos boa parte da nossa vida procurando alguém com quem dividir as madrugadas, e nós esforçamos arduamente para que nossos pequenos não tenham esse mesmo prazer logo que chegam ao mundo. Ainda que eu continue não sendo adepta à cama compartilhada todos os dias, hoje eu entendo quem opta por fazer. E sei que não estarei fazendo mal nenhum ao pequeno se uma ou outra noite ele vier dormir com a gente. Mais do que não fazer mal, deve fazer um bem maior do que eu possa imaginar... 
    

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