UPDATES SOBRE A RIFA (19/07/2017):
Pessoal, felizmente as rifas que estavam sendo vendidas online já terminaram!! Agora só tem disponível rifa para ser comprada pessoalmente. Meus mais sinceros agradecimentos a todos que compraram, compartilharam e ajudaram a divulgar a nossa ação, foi um verdadeiro sucesso!! Estamos preparando ações futuras para ajudar o nosso pequeno, mais informações aqui.
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Naquele domingo de manhã, estava
começando o tempo do advento. Tempo de espera e preparação para a chegada do
Menino Jesus. Que tempo mais abençoado para esperar pelo meu menino! Na missa,
durante o sermão, o padre explicava sobre como viver mais verdadeiramente esse
momento e falou uma frase que parecia feita para mim. “Devemos ter o passado
redimido, viver o presente plenamente e ter esperança no futuro”. Nunca
na vida eu tinha precisado tanto me redimir do meu passado como agora. Mas como
eu faria isso? Como eu me livraria da culpa que insistia em pesar em meus
ombros? Será que Deus de fato me perdoava por ter falhado tão gravemente em
cuidar do anjo que Ele tinha me dado de presente? Eu sabia que esse caminho da
redenção seria longo, mas eu teria que cruzá-lo... Viver o presente plenamente.
Esse era o nosso lema atual. Tínhamos nos prometido que viveríamos um dia de
cada vez, sem pensar no que poderia acontecer dali um ou dois dias, ou até
mesmo dali algumas horas. Até porque, pensar no dia seguinte, era pensar nas inúmeras
possibilidades do que poderia vir a acontecer ao pequeno, incluindo as piores.
Ter esperança no futuro. Era o que nós mais tínhamos no momento, esperança, fé.
Ainda mais agora que aos poucos o pequeno vinha reagindo cada vez mais. Os
movimentos sutis que ele fazia com as pernas, pés, cabeça e mãos pareciam cada
vez mais sensíveis e frequentes. Às vezes ele chegava a reagir só pelo som de
algum barulho, como a nossa voz, ou mesmo sem estímulo nenhum.
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Só que o fato do pequeno escapar
do pior prognóstico possível, não necessariamente significava que ficaria tudo
bem. O outro diagnóstico dos médicos era tão ruim quanto, ou, para mim, pior
ainda. Estado vegetativo. A morte seria bem difícil de aceitar. Eu sentiria
saudades do pequeno todos os dias para o resto da minha vida. No seu lugar
haveria um vazio impossível de ser preenchido. Eu jamais seria plena novamente.
Mas haveria dentro de mim uma paz em saber que ele estaria num lugar
infinitamente melhor do que o nosso. Ele estaria no céu, junto do Pai, desfrutando
da vida eterna, onde um dia nos encontraríamos novamente. Pensar no meu pequeno
numa cama para sempre era o oposto disso. Era saber que ele estaria
sofrendo todos os dias para o resto da sua vida. Nosso pequeno tão ativo, tão acelerado,
que sempre nos cansava só de pensar na quantidade de energia que ele tinha,
preso no seu próprio corpinho. Isso era impossível de aceitar. Para mim, era
tudo ou nada. Vida plena ou morte. Nós queríamos nada mais e nada menos do que
o milagre concedido a Marta e Maria quando pediram por seu irmão Lázaro a Cristo.
Naquela noite fui dormir
lembrando do meu aniversário. Nós já estávamos na casa nova há uns 10 dias.
Minhas irmãs com seus respectivos, meu sobrinho e minha mãe vieram passar o
final de semana conosco. No sábado fizemos um churrasco e eu pude chamar todos
os meus amigos que moram próximo. Foi um dia delicioso, o tipo de comemoração que
eu não tinha há anos, tendo em vista a distância dos nossos últimos endereços.
O pequeno e meu sobrinho se esbaldaram de brincar juntos. E uma certa hora eles
começaram a brincar perto da piscina. Eu alertava o pequeno sobre o perigo e o
pedia para sair de perto e brincar em outro lugar. Mas ele insistia em
continuar. Como ele não me deu ouvidos, tomei uma atitude drástica. Determinei
que todos então ficaríamos dentro de casa para que ele aprendesse a me dar
ouvidos. E passei um bom tempo tendo que lidar com um pequeno choroso e
indignado com a minha solução. Naquela mesma noite eu sonhei com ele. Eu estava
do lado da sua cama na UTI, ele acordava, me olhava, sentava-se e me estendia
seus bracinhos. Enquanto eu o envolvia num abraço forte, ele dizia apenas duas
palavras em meu ouvido: dicupa mamãe... Acordei com o coração aos pulos e corri
para a sua cama. Me debrucei sobre ele e repeti sem parar que ele não precisava
pedir desculpas, que nem eu nem o respectivo estávamos bravos com ele. Que ele
era muito pequeno para entender porque eu pedia tanto para ele ficar longe da
piscina. Que nós é que não devíamos ter o deixado tanto tempo sozinho e que
iríamos cuidar melhor dele dali para frente. Minha vontade era de abraça-lo
forte, envolver o pequeno em meus braços do mesmo modo que tinha feito no
sonho, fazer com que ele se sentisse seguro novamente. E me perguntava quanto tempo demoraria até que eu pudesse enfim fazer isso...
Já estávamos completando 15 dias
desde o acidente e nosso exército de fé não parava de crescer. Recebíamos
mensagens o tempo inteiro de desconhecidos. Gente de todos os lugares e todo tipo
de fé. Infinitos corações reunidos numa única crença: a recuperação do pequeno.
Cada mensagem recebida era como uma injeção de ânimo e força em nós. Nos
emocionava ver tanta gente comovida com a nossa dor, com a nossa causa. Deus
não poderia ignorar tanta gente pedindo pelo nosso pequeno. Ele iria nos
escutar. Ele iria nos atender. Mas às vezes, em algumas orações e mensagens, eu
me deparava com uma frase que eu relutava em pronunciar: não seja feita a
minha, mas a Tua vontade. Eu simplesmente não conseguia falar isso. E se a
vontade Dele não fosse a mesma que a minha? Eu sentia em meu coração que eu
tinha o direito e o dever de pedir exatamente o que eu queria, sem uma segunda
opção. Se essa não fosse a vontade Dele, eu poderia tentar convencê-lo, por que
não? Angustiada com isso, resolvi me abrir com o respectivo. E então, tomado
por uma inspiração que só poderia ser divina, ele me lembrou de duas passagens da
Bíblia que mostravam que era possível sim convencer a Deus de atender um
pedido, mesmo quando não fosse essa a Sua vontade. Primeiro ele lembrou de como
Maria intercedeu junto a Seu Filho, em Caná, na realização do seu primeiro
milagre. Ele lhe falou que aquele ainda não era o momento, mas Ela o ignorou e
insistiu, e Ele acabou cedendo e realizando o milagre a pedido da Mãe. Nossa
Santa intercessora! E segundo, ele me lembrou da estrangeira que cruzou o
caminho de Jesus e lhe pediu que expulsasse o demônio que havia tomado conta da
sua filha. Jesus explicou-lhe que não iria lhe atender, pois tinha sido enviado
para outro povo e não era certo que naquele momento Ele atendesse outros que
não fizessem parte do povo escolhido. Ela insistiu e Ele ficou comovido com a
sua fé, atendendo a seu pedido. Vai, tua fé lhe salvou. Não, eu não precisava
me resignar, eu podia pedir sim. Insistir, até que Ele se comovesse com a minha
fé.
Nos dias que se seguiram,
começamos as nos preparar para uma prova de fogo que o pequeno iria enfrentar:
a retirada do tubo respiratório. Antes de enfim retirá-lo, eles precisavam
testá-lo, diminuindo aos poucos os parâmetros da ventilação mecânica, para ver
se o pequeno iria compensar com esforço respiratório próprio. E ele passou com
louvor nos testes. Na manhã que iriam retirar o tubo, estávamos cheios de
esperança e nos colocamos ao seu lado conversando, chamando-o para brincar com
a gente. Enumerávamos uma a uma as brincadeiras que ele mais gostava e
convidávamos: acorda pequeno, vamos para casa brincar! Quanto mais a gente falava,
mais ele se mexia na cama. Ía mexendo os pezinhos, pernas, braços, cabeça.
Parecia querer se espreguiçar, ensaiando para enfim abrir os olhos e levantar
da cama, como se nada tivesse acontecido. Ele não acordou e voltou a ficar
quietinho. Mas em nossos corações sentíamos, tinha sido por muito pouco. Talvez
o tubo estivesse impedindo ele de alguma forma. Toda vez que eu imaginava ele
acordando entubado, eu me angustiava imaginando o desconforto que ele
provavelmente iria sentir, com o desespero que iria tomar conta dele com uma
coisa tão invasiva dentro da sua boca e garganta. Talvez fosse isso que
faltasse. Talvez Deus, em sua infinita bondade, tenho guardado o momento do
pequeno acordar para quando ele não estivesse mais preso a essa máquina. Agora
não faltaria mais, o tubo seria finalmente retirado naquela tarde.
Voltamos cheios de ansiedade do
almoço, esperando encontrar o pequeno extubado. Dito e feito. Lá estava ele, lindo, perfeito e sem máquina alguma presa nele. A boquinha livre e pronta para abrir o
mais largo sorriso quando seus olhos se abrissem. Nos aproximamos e vimos que a
sua respiração estava pesada, barulhenta. Lembrava muito o chiado que meu peito
fazia durante as minhas crises de bronquite asmática. Ele parecia tão frágil e
vulnerável respirando daquele jeito e aquilo me enchia de dor. Nos explicaram
que era uma consequência do tempo de uso da ventilação mecânica. Que ela
produzia como efeito colateral um pouco de secreção no pulmão e que o pequeno
teria que, além de respirar por conta própria, dar um jeito de se livrar da
secreção, seja pelo reflexo da tosse ou da deglutição. Até então ele não tinha
tossido nem engolido. Mas ele iria, eu tinha certeza disso. Mais tarde, naquele
mesmo dia, os médicos voltaram para analisar o pequeno. O semblante era de
preocupação. O pequeno não havia mostrado nenhum sinal de que estava tentando
se livrar da secreção. Talvez fosse preciso fazer uma traqueostomia nele. Iriam
esperar alguns dias para ter certeza, mas a situação mostrava que era bem provável
que isso acontecesse. Talvez aquele fosse o momento de começarmos a pensar em
como seria a vida do pequeno dali para frente. Se ele passaria a residir no
hospital ou se montaríamos uma estrutura de hospital em casa. O fato era que
ele iria precisar de toda uma estrutura para comportar esse novo estado de vida
vegetativo dele. Cada palavra ouvida entrava em meu coração como mil lâminas de
espadas. Calma. Para tudo. Como assim?!? Ele acabou de tirar o tubo, começamos
o dia certos de que ele iria acordar todo serelepe e agora estávamos ali
ouvindo sobre como seria a vida do nosso pequeno para sempre acamado e
dependente. Não é real isso, não pode ser. Olhei incrédula para os médicos e
perguntei: mas não existe chance dele melhorar? Se fosse para isso acontecer,
já teria acontecido a essa altura do campeonato. O que vocês estão me dizendo é
que meu filho nunca mais irá nem ao menos acordar? Muito difícil que isso
aconteça, mãe.
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Nota sobre o atual estado de
saúde do pequeno: ele continua na UTI se recuperando das complicações
pós-cirúrgicas da gastrostomia. Dessa vez, uma úlcera no estômago está o
impedindo de receber a dieta da maneira como deveria. Está sendo tratado e em
breve devem retomar a alimentação pela gastro. Apenas isso atualmente nos
impede de voltar para casa. Se ele conseguir se alimentar regularmente pela
sonda, poderá enfim ter alta hospitalar.
A pequena finalmente chegou.https://www.instagram.com/manutbmeirelles/ |
Maria passa na frente!
ResponderExcluirMãezinha,
Acabei de saber sobre o seu pequeno.
Não sei muito o que dizer...
Então, estou rezando por ele e toda sua família.
Deus é contigo!
Ahhhh parabéns pela chegada da pequena!
Chuva de bençãos em suas vidas e que Deus os proteja e que Maria Os cubra com o seu manto sagrado.
Vai dar tudo certo!
S2
Muito obrigada querida pelo seu apoio e pelas suas orações!!
ExcluirMensagens como a sua renovam mais ainda a minha fé ;)
Manu, acabei de saber de sua história. Que Deus ilumine e proteja o pequeno Arthur, lendo seus textos tive certeza de um final feliz! Continue com essa sua linda fé, Deus nunca vai te abandonar. Estarei aqui acompanhando cada melhora do seu pequeno e comemore sempre, mesmo q a melhora do dia não seja tão significativa! E nunca duvide: para Deus nada é impossível!
ResponderExcluirUm beijo no coração de vcs com mta força e fé
Nem sei como agradecer a sua mensagem!! Tanto carinho e tanta fé em tão poucas palavras!! Que os anjos digam amém a cada uma delas ;)
ExcluirVocês estarão em minhas orações daqui por diante, todos os dias, ate a cura total do seu pequeno. Que Deus continue carregando voces no colo. Um abraço, Marta
ResponderExcluirAmem!! Obrigada por cada uma das suas orações!!
Excluir"Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre?
ResponderExcluirE Jesus, tendo ouvido estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente.
E não permitiu que alguém o seguisse, a não ser Pedro, Tiago, e João, irmão de Tiago.
E, tendo chegado à casa do principal da sinagoga, viu o alvoroço, e os que choravam muito e pranteavam.
E, entrando, disse-lhes: Por que vos alvoroçais e chorais? A menina não está morta, mas dorme.
E riam-se dele; porém ele, tendo-os feito sair, tomou consigo o pai e a mãe da menina, e os que com ele estavam, e entrou onde a menina estava deitada.
E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talita cumi; que, traduzido, é: Menina, a ti te digo, levanta-te.
E logo a menina se levantou, e andava, pois já tinha doze anos; e assombraram-se com grande espanto."
(Marcos 5:35-42)
Sys querida!
NÃO TEMAS, CRÊ SOMENTE! Foi isso o que Jesus disse aos principais da sinagago e provavelmente a todos que zombavam dele quando afirmou que a menina apenas dormia.
Para Deus nada é impossível; e apesar do tempo dele nos parecer que está atrasando... não está! Ele está operando este milagre de uma forma tão linda, que prepara os nossos coraçãos e está abrindo nossos olhos para que possamos ver toda a dua gloria!!!! Estou certa disso, e dai vem a minha paz!
Nao temas, crê somente; te diz Jesus!
Te amo... junto contigo, sempre!
E bem-vinda Malu linda! A tia te amo ao infinito! Voce nasceu numa familia muito especial. E sera muito feliz nela!
Obrigada sempre sys por dividir de uma maneira tão única essa caminhada comigo!! Te amo muito!!
ExcluirManu continuamos todos aqui firmes em orações pelo pequeno, a corrente é grande e Deus há de nos atender!!!Parabens pela Malu! Ela é linda e veio trazer muita luz pra vcs! Beijo grande!
ResponderExcluirSelma querida, muito obrigada por todo o apoio!! Bjo no coração ;)
ExcluirManzinha maravilhosa abemcoada por Deus
ResponderExcluirAcabeo de sa er da sia bisyoria, pelo grupo de mamaes do face, meu coracao esta em pedacos imaginando a sua dor. Mas se encha de esperanca e fe com essa nova vida q lhe foi entregue. Que ela mude e td em vc. CREIO q podemos convencer Deus a mudar de ideia. E c toda certeza, a partir de hj sua famjlia entrou em minhas orcaoes. Sou de SP e se um dia for a Jaragua ( imagino q seja ao q vc more, pelo fato de ter citado o pq. Malwee) gostaria de te dar um abraco e todo meu apoio de mae. Fique em paz. Que Jesus abencoe vcs 4. Um beijo grande.
Erica querida, não sei nem como te agradecer!!
ExcluirEstamos em Jaraguá sim e vamos adorar te receber ;)
Espero de coração que Deus receba e atenda cada uma das suas orações e palavras. Que nossa fé somada possa tocar Seu coração divino!!
Manu, ler os seus relatos só me enche de fé nesse nosso Deus tão maravilhoso. Vcs com certeza já estão fazendo o q está escrito no Salmo 50: "restitui-me a alegria da salvação e sustentai-me com uma vontade generosa. Então aos maus ensinarei vossos caminhos e voltarão a vós os pecadores. Deus, ó Deus, meu salvador, livrei-me da pena desse sangue derramado, e a vossa misericórdia a minha língua portuguesa exaltará"
ResponderExcluirDeus há de cumprir a Sua promessa! Ele têm nos escutado! Vcs estão em nossas orações todos os dias!
Que salmo lindo!! Eu não conhecia, muito obrigada por dividir comigo!!
ExcluirE obrigada pelas suas orações e pela mensagem carinhosa ;)
Manu, vou rezar muito para vc e sua familia! O Arthur é um guerreiro e sairá dessa!!!! Que a sua pequena te dê ainda mais força para continuar nesta batalha! Um abraço apertado! Paula
ResponderExcluirPaula querida, muito obrigada!! Que os anjos digam amém a cada uma das suas orações!!
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